São Paulo - A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido recorde de R$ 3,1 bilhões no primeiro semestre. O resultado, que superou em 10,3% o registrado em igual período de 2012, refletiu uma expansão de 42,5% da carteira de crédito em 12 meses e a captação de 3,6 milhões de clientes até junho.
O vice-presidente de Finanças do banco, Márcio Percival, lembrou que os índices de inadimplência mantiveram-se controlados no primeiro semestre, apesar do aumento na concessão de empréstimos. A Caixa espera fechar 2013 com uma participação de 18% no mercado de crédito brasileiro (atualmente, a fatia é de 16,95%)
Os créditos contratados no semestre subiram 46,3% em comparação ao mesmo período de 2012, para R$ 197,3 bilhões, elevando para R$ 431,3 bilhões o saldo da carteira. Isso representa um crescimento de 42,5% em 12 meses.
Crédito imobiliário
A carteira habitacional da Caixa atingiu saldo de R$ 238,5 milhões, alta de 34,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A Caixa é líder do mercado, com 69,1% de participação. Os financiamentos imobiliários contratados somaram R$ 66,1 bilhões de janeiro a junho, evolução de 43,9% em relação ao mesmo período de 2012.
A Caixa disse que as liberações para o Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 28,5 bilhões no semestre, beneficiando 1,5 milhão de pessoas com 378,9 mil habitações. Desse valor, 58% foram destinados a famílias com renda de até três salários mínimos. O total de empréstimos da 9ª edição do Feirão da Casa Própria aumentou 14,8% em relação a 2012, para R$ 14 bilhões.
Inadimplência
A Caixa Econômica Federal não espera que a inadimplência aumente até o fim do ano. O índice da empresa, considerados os atrasos acima de 90 dias, estava em 2,27% em junho. O resultado é um pouco pior do que o registrado ao fim do primeiro semestre de 2012 (2,07%). No primeiro semestre, as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa totalizaram R$ 4,3 bilhões, alta de 18,9% sobre 2012.
O vice-presidente de Finanças do banco diz, porém, que a pequena alta da inadimplência não deve ser razão para alarme. “Quando muda a composição do crédito é normal que inadimplência em pessoa física varie. (A variação) numericamente é muito pequena”, disse Percival.
Fonte: Jornal O Popular